segunda-feira, 19 de julho de 2010

Aqui, escrevo minha vida em forma de poesia tentando descobrir na beleza da arte um sentido para vida...
O poema a seguir, de minha autoria, dá nome a este site e mostra um pouco do que sinto hoje.

Êi-lo:

MERAS LEMBRANÇAS

Hoje me pego a lembrar
das vezes que agi sem pensar
em quanto prazer eu senti
e no preço que tive que pagar.
Chorei não de arrependimento,
mas sim do sofrimento que a lembrança pôde me causar.

Para que sonoridade nesses versos que
só me trazem saudades dos sentidos que usei?
Vivo em meio às lembranças dos tempos de estância,
dos medos que enfrentei.
E se me impediram, me calaram...
eu mordi e gritei.

Gritei pela liberdade que meus medos
impediam-me de ter,
sonhava com o mundo, sonhava com a vida,
sonhava em crescer.
Hoje, já não tenho mais sonhos.
Conheci, vivi, cresci só me resta morrer.

Acomodei-me a esta vida
aprendi a aceitar o que quiseram me oferecer,
talvez eu sonhe com uma mudança,
mas já não tenho a esperança que outrora pude ter
e vegeto um presente de lembranças
que não me deixam viver.

Meus medos voltaram e me perturbam ainda mais
interrogam-me sobre o futuro,
tiram a minha paz
e apesar de minha revolta,
continuo em inércia, pois
não consigo algo a mais.

Meras lembranças de um passado vigente,
um futuro incerto vegetando um presente,
sem sonhos, sem esperanças...
Sou apenas um descrente,
esperando uma luz que me tire essa cruz
e me faça de novo gente.

São Lourenço da Mata 30 de Outubro de 2002

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