segunda-feira, 26 de julho de 2010

ANTES DE MORRER

Antes de morrer,
queria ser feliz por um segundo
colorir este soneto
com as belezas deste mundo.

Antes de morrer,
queria ser amado, amante...
e fazer do tempo uma grandeza constante
e conhecer lugares como um caixeiro viajante.

Deixar de olhar a vida como um inspectador
participar do jogo...
ser feliz no amor.

Mas antes de morrer, estou morto
na prisão dos meus sonhos
pensando nos danos de arriscar um ou outro.


terça-feira, 20 de julho de 2010



Vivemos em função de sermos felizes e muitas vezes nos tornamos escravos desse ideal.
Acho que essa tão sonhada felicidade é utópica demais, quando ela aparece geralmente nos leva algo em troca.
Devemos contar esse sentimentos em gotas, pois é assim que ele passa em nossas vidas... em gotas.



ESCRAVO DO SORRISO
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Felicidade onde estás,
no sofrimento de quem me quer bem?
Tira do meu peito essa culpa
assim me fazes sofrer também.
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Vivo a tua procura, por que não me respondes?
Me aprisionei a uma jura
que faz essa busca incesante.
E quando estás mais perto,
é quando estás mais longe.
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Queres que viva a teus pés
suplicando um sorriso.
Ser teu escravo eu não quero
morrer até eu prefiro
e só por ironia, minha ou do destino,
como ultimo desejo quero morrer sorrindo.
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Surubim, 2001



segunda-feira, 19 de julho de 2010

Aqui, escrevo minha vida em forma de poesia tentando descobrir na beleza da arte um sentido para vida...
O poema a seguir, de minha autoria, dá nome a este site e mostra um pouco do que sinto hoje.

Êi-lo:

MERAS LEMBRANÇAS

Hoje me pego a lembrar
das vezes que agi sem pensar
em quanto prazer eu senti
e no preço que tive que pagar.
Chorei não de arrependimento,
mas sim do sofrimento que a lembrança pôde me causar.

Para que sonoridade nesses versos que
só me trazem saudades dos sentidos que usei?
Vivo em meio às lembranças dos tempos de estância,
dos medos que enfrentei.
E se me impediram, me calaram...
eu mordi e gritei.

Gritei pela liberdade que meus medos
impediam-me de ter,
sonhava com o mundo, sonhava com a vida,
sonhava em crescer.
Hoje, já não tenho mais sonhos.
Conheci, vivi, cresci só me resta morrer.

Acomodei-me a esta vida
aprendi a aceitar o que quiseram me oferecer,
talvez eu sonhe com uma mudança,
mas já não tenho a esperança que outrora pude ter
e vegeto um presente de lembranças
que não me deixam viver.

Meus medos voltaram e me perturbam ainda mais
interrogam-me sobre o futuro,
tiram a minha paz
e apesar de minha revolta,
continuo em inércia, pois
não consigo algo a mais.

Meras lembranças de um passado vigente,
um futuro incerto vegetando um presente,
sem sonhos, sem esperanças...
Sou apenas um descrente,
esperando uma luz que me tire essa cruz
e me faça de novo gente.

São Lourenço da Mata 30 de Outubro de 2002